Meu nome é Maria Eduarda. Passei pela lama pra chegar até aqui. Tem uma vala escorrendo lá, na minha porta. Sou da comunidade, bairro Quarentenário, São Vicente. Meu pai trabalha duro e tem dificuldades pra pagar a conta de água, o meu pedido é simples – comunicar e envolver as pessoas de maneira mais popular para a solução destes problemas.


#PactopelasÁguas
#Saneamentojá
#EducaçãoAmbientalparatodxs

Este foi o chamado da jovem Maria Eduarda, no encontro com as comunidades da Baixada Santista proposto pelo FunBEA para pensar a programação do Fórum Pacto Pelas Águas da Baixada Santista que será em Março de 2020.

O Pacto quer dar voz para a sociedade como um todo e propor temas, para serem dialogados e pactuados com comunidades, órgãos públicos (governos, ministério público), universidades, empresas de saneamento e sociedade civil. Sua principal missão é aprofundar, compartilhar e democratizar as políticas públicas implementadas pelo Comitê de Bacias da Baixada Santista (CBH-BS) e outros atores envolvidos com a temática dos recursos hídricos da região.

#saneamentobásico – Baixada Santista

Cabe ressaltar que os indicadores de saneamento básico – (esgoto tratado e de eficiência do sistema de esgotamento) na Baixada Santista são classificados como “Ruim” de acordo com o Relatório da Situação dos Recursos Hídricos (Comitê de Bacias Hidrográficas Baixada Santista, 2019).

Em São Vicente, município da Maria Eduarda, são mais de 70 mil pessoas sem tratamento e disposição correta do esgoto. Estes dados são apresentados no Sistema Nacional sobre Informações de Saneamento. São 254.965 pessoas atendidas em São Vicente com serviço de esgotamento sanitário e a população do município, segundo o IBGE é 332.445.

No Relatório do Comitê de Bacias, existem duas questões que contribuem para esta situação – primeiro, é em relação ao o tratamento realizado pelos emissários submarinos, que desde 2008 é considerado nulo pela CETESB e a grande maioria do esgoto coletado na região é destinado a Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos (EPC) e posteriormente a emissários submarinos, e o outro desafio é a regularização de moradia para as pessoas que vivem em ocupações irregulares. Como indicação, o Comitê de Bacias indica no Relatório a urgência de esforços em conjunto para a solução destes problemas – moradia e saneamento.

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