Evento acontece no mês de julho, em Manaus como um processo de cooperação internacional da Comunidade de Países de Língua Portuguesa 

Entre os dias 21 e 25 de julho de 2025, a capital do Amazonas irá sediar a oitava edição do Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, organizado pela Rede Lusófona de Educadores Ambientais. Conhecida como RedeLuso, a organização atua há vinte anos na promoção da Educação Ambiental em territórios falantes da língua portuguesa e, desde 2007, articula os congressos internacionais com o objetivo de partilhar experiências e aprendizados entre membros da rede e parceiros de interesse. Neste ano, o encontro de periodicidade bianual, tem como tema  “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”. Em ano de COP30 no Brasil, o evento também se constitui como uma forma de sensibilizar e mobilizar a sociedade para a agenda climática. 

A programação envolve conferências, mesas redondas, oficinas, minicursos e apresentações de recursos e artigos, além da presença de importantes lideranças, como a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que fará a conferência de abertura. Além de lideranças nacionais, estarão também presentes representantes dos outros países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, são eles: Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Galiza. 

Marília Torales, uma das coordenadoras gerais do congresso, conta que fazem parte da comunidade países que possuem grupos em situação de vulnerabilidade e com seus ecossistemas e biodiversidade ameaçados pelas mudanças climáticas. Por isso, o encontro se torna também uma forma de mobilização para o enfrentamento dessa crise socioambiental. “O resultado das últimas COPs têm demonstrado que o trabalho de mobilização das sociedades, considerando suas diferentes culturas, é fundamental para o enfrentamento da crise climática”, explica. 

A coordenadora também reforça que o campo da Educação Ambiental (EA) é fundamental para pensar ações de mitigação e adaptação. Segundo Marília,  a EA proporciona às pessoas uma maior compreensão sobre o contexto das mudanças climáticas, a dimensão do problema e maneiras de enfrentamento. Ela também coloca que o campo contribui para a atuação no âmbito político a partir da organização da sociedade civil. “A Educação Ambiental tem papel crucial para que a população tenha consciência do que está acontecendo e possa, de forma coletiva, exigir das suas representações políticas. Tanto processos de mitigação, quanto de adaptação, necessitam de decisões políticas”, diz a coordenadora. 

O FunBEA é um dos apoiadores do congresso que também é organizado pelo órgão gestor da Política Nacional da Educação Ambiental (MEC e MMA), Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas e Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas. Tem também apoio da Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental (Anppea), Associação Portuguesa de Educação Ambiental (Aspea), Centro de Educação Ambiental e Preservação do Patrimônio (CEAPP), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Lixo Zero Brasil, Itaipu Binacional, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Para saber mais sobre o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, acesse aqui.