Brasília – Órgãos governamentais municipais, estaduais e federais e instituições da sociedade civil de todo o Brasil que promovem, de alguma forma, políticas públicas de educação ambiental (EA) podem, a partir de agora, dispor de uma ferramenta ágil e eficaz para monitorar e avaliar os resultados dessas ações.

Lançados nesta quinta-feira, em evento na sede do Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, os Indicadores de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas de Educação Ambiental estão disponíveis na internet e funcionam como uma base de apoio às ações de EA, tendo como referência conceitos e metodologias científicas.

A ferramenta foi criada pela Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental (Anppea), da qual o Ministério do Meio Ambiente faz parte, juntamente com uma série de outros órgãos. O trabalho durou dois anos, de 2016 a 2018, e envolveu cerca de 700 pessoas das mais variadas instituições que atuam na área.

Ao todo, são 27 indicadores. Cada um trata de um aspecto do processo de execução das ações de educação ambiental. Eles abordam desde o diagnóstico até o monitoramento e avaliação da política pública, passando por temas como mobilização social, diversidade de técnicas, infraestrutura e recursos humanos envolvidos no processo.

Esta é a primeira etapa do projeto, que prevê atualizações e a disponibilização no próximo ano das informações numa plataforma digital. Atualmente, os Indicadores e todo o seu processo de construção estão disponíveis no site do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (Funbea). Clique aqui para ter acesso.

“Além de ser um instrumento de apoio aos gestores, os Indicadores dão maior efetividade e visibilidade aos trabalhos e políticas públicas de educação ambiental desenvolvidas em todo o país pelos diversos setores da sociedade”, disse Renata Maranhão, diretora de Educação Ambiental do MMA, na abertura do evento de lançamento do projeto.

A secretária-executiva da Anppea, Maria Henriqueta Andrade Raymundo, fez um histórico do processo que culminou com a criação dos Indicadores. Ela lembrou que, inicialmente, ainda em 2014, seminário realizado em São Paulo identificou déficit de educadores ambientais e lacunas no processo de formação e implementação de projetos na área.

Dois anos depois, com a criação da Anppea, a ideia de reunir um conjunto de dados e informações que contribuíssem para a formulação e implementação das políticas de educação ambiental no país ganhou corpo. Assim, foi dada a largada do processo de definição dos indicadores, que levou dois anos de muitos debates, oficinas, rodas de conversa, encontros palestras e mesas-redondas.

Com base nesse processo participativo, a comissão científica, que além da Anppea é formada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA) e Laboratório de Educação Ambiental e Política Ambiental Oca/Esalq/USP, sistematizou os dados, tendo como base as dimensões do projeto político pedagógico de educação ambiental do MMA. Após submeter as informações ao crivo de 34 especialistas, chegou, finalmente, aos 27 indicadores.

Por Ascom MMA

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